[CARNES RADIOACTIVAS, SONHOS, POÉTICAS, E FRAGMENTOS NEURO] é uma instalação performance interactiva e intermedia cuja obra final é (des)construída ou gerada pelo público. As imagens abaixo apresentadas representam não apenas a instalação em exposição pública como representam ainda parte de alguns momentos da sua montagem.
“Quantas imagens, pensamentos, formas, ideais e ideias, cores, sons, (o)dores…
Que paisagens temos em nós e somos?
Tantos neurónios a fervilhar. Teus, meus, nossos, deles.
E depois? Para onde vamos? Haverá alguma esperança.
Que cenário alcançará – a ‘visão’?” (Isabel Maria Dos)
[CARNES RADIOACTIVAS, SONHOS, POÉTICAS, E FRAGMENTOS NEURO] | instalação performance #01 de PAISAGENS NEUROLÓGICAS, 1ª edição, Casa das Caldeiras, Universidade de Coimbra, 2012
Sinopse: Ano de 1992. Nos lençóis brancos e manta de tecido vegetal de intensa cor verde de clorofila, a velha cama do hospital acolhia as imagens projetadas captadas em tempo real das carnes disformes do observador do ano de 2012, atingido por energia sob forma de partículas, radiação electromagnética produzida por transmissões nucleares artificiais criada em laboratório, vítima do desastre nuclear de Chernobyl na Ucrânia em 1986. Pulverizavam o espaço terapêuticas sonoridades musicais, fruto da inteligência humana e da Mãe Natureza daqueles seres. Ouviam-se ruídos belos da unidade de cuidados intensivos desativada, vozes das transmissões das estações de rádio, som de metais e do dia a dia das cidades falecidas. Emergiam diálogos entre a peça e o espectador, o espectador e a peça. Os sensores e o software interativo ainda funcionavam e ampliavam o desejo do espectador operar.
SOUND EXCERPT OF INTERMEDIA INSTALLATION [RADIOACTIVE MEAT, DREAMS, POETICS AND FRAGMENTS NEURO] of [NEUROLOGICAL LANDSCAPES I] – ART AND SCIENCE PROJECT,Casa das Caldeiras, Coimbra, 2012
© Isabel Maria Dos, [CARNES RADIOACTIVAS, SONHOS, POÉTICAS E FRAGMENTOS NEURO] DE PAISAGENS NEUROLÓGICAS I], fotografias: cortesia de Hugo Costa Marques