Frames e fotografias de exterior resultantes da videoprojecção em loop da peça fílmica [PAISAGENS ECOGRÁFICAS – Ecografia Urbana: de útero em útero, de lugar em lugar-trans] em exibição no TRANS[LUGAR I] com GPS/ LAT: 40.20952 | LONG: -8.427119 sobre a parede de uma casa na Rua da Boa Vista em Coimbra – intervenção estética integrada em TRANS[acto] #01, 2015 Transdisciplinary Anti-artistic Project – durante o período noturno – entre 20 a 27 de junho de 2015.
Resumo: Para este TRANS(lugar I), [PAISAGENS ECOGRÁFICAS – Ecografia Urbana: de útero em útero, de lugar em lugar-trans] desafia-se o espectador convocando-o ao pensamento lógico sobre a vida e a não-vida. Através deste trabalho propõem-se múltiplas leituras de percepção a partir do “diálogo” essencialmente resultante da plástica e da poética, à imagilogia médica ecográfica e à cor/luz na exploração dos índices RGB para meio ambiente urbano e noturno com o cruzamento entre as questões – avulsas(?) – colocadas sempre pela autora sobre – a procura – como incessante [acto] em loop humano – e as “respostas” descartavelmente coincidentes no recurso ao discurso de Cesare Pavese em o excerto literário de “Il Mestiere di Vivere”.
[…] Desaparecido o fervor de uma monomania, falta uma ideia central para dar significado aos momentos interiores esparsos. Em suma, quanto mais o espírito está absorvido por um humor dominante, mais a paisagem interior se enriquece e varia. É preciso procurar uma só coisa, para encontrar muitas. […]
Os excertos imagéticos apresentados – de imagiologia médica – são resultantes de exames médicos – ecografias obstétricas – realizados(as) há dezasseis anos à própria autora, durante a sua gravidez, em tempo de gestação do seu próprio filho. Este trabalho pessoal de pesquisa em meio hospitalar, para fins de criação estética e artística da autora em 1999, de imagiologia médica e recolha sonora (in utero), com sons dos corações de – mãe e filho – e sons dos movimentos do feto (na sua versão original) teve a colaboração da médica obstetra Dra. Teresa Sousa Fernandes na Maternidade Daniel de Matos em Coimbra. A versão original completa (das imagens médicas ecográficas recolhidas) têm servido de base para estudos/ensaios em composição plástica videográfica 3D da autora – para aplicações em cena – em artes performativas – incluindo cyberformance.
© Isabel Maria Dos, 2015